quinta-feira, 15 de abril de 2010

O indestrutível Titanic Flamengo segue rumo às Américas (ou ao iceberg...)

(Este post é baseado no comentário que fiz no post Quem disse que ser Flamengo é Fácil? do blog Saudações Rubro Negras, do nosso amigo Luís Eduardo)

Vinha me mantendo recluso, em um "silêncio obsequioso" que me impus por vontade própria, não só aqui, mas em todos os blogs dos amigos, como disse no post anterior pois, além de estar profundamente irritado com coisas que observava mas preferi não externar, por respeito, andei causando polêmica ao manifestar minha visão sobre os acontecimentos no Mengão este ano. Quebrei este silêncio recentemente (ver: "Crise o Flamengo faz em casa!").

Andei me sentindo meio "Cassandra", não a do Sai de Baixo (rsrs) mas aquela da Mitologia Grega, que podia antever as coisas mas carregava a maldição de ninguém acreditar no que ela previa. Não por ser eu melhor que ninguém, nem ser “gato mestre”, mas talvez pelo tempo de janela e o fato de trabalhar com análise, tendo tido que desenvolver a capacidade de abstração (excluir o periférico e focalizar o cerne) ao observar a realidade. A paixão cega as pessoas e prejudica qualquer capacidade de análise, e andei incomodando amigos que prezo ao manifestar o que claramente via pelos sinais que, embora para mim evidentes, eram e ainda são refutados por outros torcedores também apaixonados pelo Flamengo como eu.


Existe algo de muito grave acontecendo na Gávea, e isto está deixando todo o grupo inseguro - inclusive a comissão técnica - e precisa ser trabalhado internamente, sem holofotes, para que possamos seguir em frente. O que vimos ontem em campo não era um time mas um bando, apavorado e apático no primeiro tempo, e dedicado mas totalmente perdido no segundo, como uma Horda de Hunos, sem sequer esboçar um mínimo de tática, posicionamento (quase ouço o mote ”todos com força!!”). Cada um queria resolver sozinho, de qualquer jeito, sem apresentar um mínimo de conjunto: era a (não) estratégia do bumba-meu-boi.

Andrade perdeu o controle sobre o time! Está acuado, acovardado, desesperado por defender, destruir e, por isso, abdicando de atacar, criar. As "jogadas" de ligação direta viraram a única estratégia de um time sem tática. E tome chutão pra frente, na esperança de "achar" um gol. Estamos sem cérebro em campo, e queimando este cérebro por picuinha... mas quando falo isto, insistem que é idolatria cega e fica difícil argumentar. Não será Vinícius Pacheco quem suprirá esta necessidade, mas um Petkovic em paz, sem ser fustigado e substituído no intervalo ou ficar no banco sempre, para eventualmente entrar aos 15, 30 minutos do segundo tempo.

Como uma equipe não desaprende de uma hora para outra, resta descobrir o que faz com que o que vimos em 2009 tenha simplesmente desaparecido, sem deixar vestígios. O grupo precisa se reunir, primeiramente só os jogadores, depois colocando Andrade na roda, e lavar a roupa suja, "discutir a relação" e trazer à tona o que os incomoda, para que possa ser resolvido; enfiar a cabeça sob o solo e fingir que nada acontece não resolverá nada e as consequências serão ainda mais graves!

Estamos já no meio de abril e alguém sabe qual é o time titular do Flamengo? Não, e nem o Tromba sabe!! A cada jogo temos uma escalação diferente, não por opção tática, mas por absoluta falta de noção e planejamento. E é aí que o meu ídolo (como jogador) Andrade vem cometendo seus maiores erros, pois tem escalado mal, e substituído ainda pior! Está teimoso, turrão, mostrando características de treinadores supersticiosos, que seguem o relógio mais que a razão.

Pra não ficar apenas na "reclamação" sem dizer o que seria, a meu ver, a solução, ficam, primeiro a sugestão da reunião que mencionei acima, e segundo, a escalação do time que na minha cabeça deveria ser definido como titular, e treinado e mantido ao longo dos jogos, com as substituições só ocorrendo por contingências das partidas, e não como mantra como hoje: Bruno, Léo Moura, David, Angelim e Juan; Maldonado, Williams, Pet e Ramon(VP, enquanto Ramon não pode jogar); Vagner Love e Adriano. Chega de três volantes e um roda-presa, e chega de Toró!!!


Sobre a polêmica em torno da famigerada Taça de Bolinhas me recuso a dizer mais que o seguinte: confio que a direção do clube fará tudo que for possível para que haja, por parte da CBF, o reconhecimento oficial de nosso Tetra em 1987 e, por conseguinte, que esta taça venha para o nosso museu! Quero esta taça sim, mas, mais que tudo, quero respeito por nossos guerreiros que suaram o Manto e honraram nossas tradições em campo, onde fomos campeões!

É isto!

SRN

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